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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Negro e pardo são principais vítimas de homicídios no DF, diz estudo


Por: Jamila Tavares - G1
16/12/2011

Pesquisa mostra que morreram 437,5% mais negros do que brancos no DF. GDF diz que falta de políticas públicas para esses grupos explicam mortes.

Os negros e pardos são as principais vítimas de homicídios no Distrito Federal, de acordo com dados do Mapa da Violência 2012 divulgado nesta quarta-feira (14) pelo Instituto Sangari. O estudo aponta que no ano passado morreram proporcionalmente 437,5% mais negros do que brancos na capital do país.

Em números absolutos, foram registrados 760 homicídios de negros e pardos no DF em 2010, o que corresponde 86,36% do total (880).

Os números colocam o DF na quinta posição do ranking nacional de homicídios de negros e pardos, atrás de Alagoas, Espírito Santo, Paraíba e Pará – todos com taxas acima de 50 homicídios para cada 100 mil negros. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 56,31% da população do DF se declarou preta ou parda em 2010.

A assessora especial da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do DF, Marlene da Silva Lucas, afirma que as altas taxas de mortalidade da juventude negra no Distrito Federal é resultado da exclusão desta parcela da sociedade das políticas públicas.

“As políticas de ações afirmativas têm um papel relevante na erradicação desses lamentáveis dados”, diz. Marlene afirma ainda que a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial já está trabalhando em parceria com outras pastas para reduzir a morte de jovens negros.

No geral, o estudo mostra que o número de homicídios no DF caiu 14,3% desde 2000. Entre 2009 e 2010, por exemplo, o número de homicídios na capital do país caiu de 1.005 para 880 – o que coloca o DF na 10ª posição no ranking nacional de mortes por 100 mil habitantes. Em 2000, a capital do país ocupava a 7ª posição.

Os registros de mortes violentas nas cidades do Entorno, entretanto, aumentou 39,3% na última década, chegando a 1.451 em 2010. A taxa de mortes por 100 mil habitantes da região, 10,6, ainda é menor do que a verificada, por exemplo, nas regiões metropolitanas de Salvador (418,2), Belém (325,0), São Luís (246,4) e no Vale do Itajaí, em Santa Catarina (228,9).

Fonte: G1 DF

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