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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Caderno Antirracismo da CNTE será lançado na UnB


Será lançado nesta quinta-feira (03), no Hall da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília, a 23ª publicação da série Cadernos de Educação da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Este número contém o conteúdo das palestras proferidas durante o V Encontro Nacional do Coletivo Antirracismo Dalvani Lellis da CNTE, ocorrido nos dias 6 e 7 de maio de 2010.
Os textos servem de referência para a compreensão das leis 10.639/2003 e 11.645/2008, que tratam da inclusão da temática “História e Cultura Afrobrasileira e Indígena” no currículo oficial das redes de ensino. A publicação também analisa a política de cotas na educação e o Estatuto da Igualdade Racial (Lei 12.288/2010). “A população negra é maioria no Brasil e, mesmo assim, é um desafio de todos fazer cumprir essas leis”, lamentou a ex-secretária de Políticas Sociais da CNTE, Rosana do Nascimento.
O Caderno traz reflexões sobre a igualdade racial, sobre os direitos alcançados a partir do Estatuto e como os sindicatos estão lutando para consolidar os direitos da população negra. Analisa, ainda, a grande defasagem entre o número de negros formados no país em relação aos brancos que levou a discussão de uma política de cotas nas universidades. O exemplo da Universidade de Brasília, que implantou Ações Afirmativas e um Sistema de Cotas para ampliar o acesso de negros e mestiços, é apresentado também no Caderno, assim como as conquistas do movimento negro na educação básica.
Na ocasião serão apresentados os trabalhos desenvolvidos na disciplina “História, Identidade e Cidadania”, sob a responsabilidade da professora Renísia Cristina Garcia Filice, pesquisadora do GERAJU – Grupo de Pesquisa em Educação e Políticas Públicas de Gênero, Raça/Etnia e Juventude, e que também, possui, em parceria com a professora Deborah Silva Santos, da Faculdade de Ciência da Informação, da Universidade de Brasília, um texto no referido Caderno.

CADERNO DE EDUCAÇÃO
Ao longo das últimas gestões, a CNTE tem privilegiado o debate sobre as políticas denominadas “permanentes”, que contemplam as questões de gênero, de orientação sexual, de etnia e de raça, sobretudo, com a perspectiva de contribuir para a disseminação da cultura de paz em nossas escolas e nas relações profissionais e sociais.
Embora a miscigenação racial, a diversidade sexual, além da convivência entre diversas etnias e religiões, seja uma realidade brasileira, o racismo, a homofobia e o preconceito encontram-se fortemente presentes em nossa sociedade, de modo que a escola possui papel estratégico no sentido de orientar a mudança desse paradigma de intolerâncias. A série “Cadernos da Educação” é a contribuição da CNTE para este debate, destinada aos profissionais da educação, estudantes, pais, mães, docentes dos cursos de licenciatura e dirigentes de entidades sindicais da educação com o objetivo de produzir um ambiente mais propício à reflexão da realidade social e educativa.
A possibilidade de agregar duas iniciativas, no campo da produção do conhecimento escrito e o fazer em sala de aula, em especial no Curso de Pedagogia, da Universidade de Brasília, revelou algumas das inúmeras ações que podem e devem ser realizadas para a materialização da política educacional antirracista no Brasil.
Com informações do site da CNTE

O Egito a caminho da revolução. O que fazer?


Por: Reginaldo Nasser (*)



Aqueles que temem o crescimento do “islamismo radical” como fator de instabilidade nessa região, deveriam estar mais atentos em relação às “ditaduras amistosas” que, na verdade, são as principais responsáveis pela insegurança no mundo. Desemprego em massa, preços dos alimentos e repressão política é uma combinação explosiva mais perigosa do que os homens bomba. No caso do Egito dois terços da população são jovens abaixo de 30 anos, dos quais 90% estão desempregados. O artigo é de Reginaldo Nasser.

As mobilizações populares na Tunísia, Egito, Iêmen e em outros lugares são um alerta para o chamado mundo desenvolvido e seria uma grande avanço para a democracia se esta região que permanece imersa na violência, em fraudes eleitorais e miséria crescente da população recebesse o devido apoio internacional nesse momento.

O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, disse que os EUA poderão revisar a ajuda ao Egito. O presidente Obama solicitou às autoridades egípcias que evitem o uso de qualquer tipo de violência contra manifestantes pacíficos, alertando que " aqueles que protestam nas ruas têm uma responsabilidade de expressar-se pacificamente. Já a chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou que a “estabilidade do país é muito importante, mas não a qualquer preço”. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu que "os líderes do Egito escutem as preocupações legítimas e os desejos de seus cidadãos”. O primeiro ministro britânico David Cameron declarou: “Eu acho que precisamos de reformas. Quero dizer que nós apoiamos o progresso e o reforço da democracia”.

Como avaliar a atitude desses líderes mundiais? Patética, cínica, hipócrita, irresponsável? Talvez devêssemos recorrer a um grande pensador liberal do século XIX, Aléxis de Tocqueville, e ouví-lo a respeito dos períodos revolucionários na França. Tocqueville alertava para o fato de líderes, que adquiriram experiência em lidar com a política em ambiente de ausência de liberdade, quando se encontraram diante de uma revolução que chegou “inesperadamente”, se assemelhavam aos remadores de rio que, de repente, se vêem instados a navegar no meio do oceano. Os conhecimentos adquiridos em suas viagens por águas calmas vão proporcionar mais problemas do que ajuda nessa aventura, e na maioria das vezes exibem mais confusão e incerteza do que os próprios passageiros que supostamente deveriam conduzir.

Já havia sinais reveladores dessas turbulências, mas o Ocidente preferia se preocupar com burcas, minaretes e terrorismo. Um relatório do Banco Mundial, publicado em 2009, informava que os países árabes importavam cerca de 60% dos alimentos que consomem e já são os maiores importadores de cereais no mundo, dependendo de outros países para a sua segurança alimentar. A elevação dos preços nos mercados mundiais, desde 2008, já causou ondas de protestos em dezenas de países e milhões de desempregados e pobres nos países árabes, como foram os casos da Argélia , em 1988, e da Jordânia em 1989. Um exemplo mais recente, além da região árabe, é o Quirguistão onde um aumento da eletricidade e tarifas de celulares causaram manifestações com dezenas de mortos e milhares de feridos.

Aqueles que temem o crescimento do “islamismo radical” como fator de instabilidade nessa região, deveriam estar mais atentos em relação às “ditaduras amistosas” que, na verdade, são as principais responsáveis pela insegurança no mundo. Desemprego em massa, preços dos alimentos e repressão política é uma combinação explosiva mais perigosa do que os homens bomba.

A demografia no mundo árabe é também um grande problema. A população cresceu cinco vezes durante o século XX, e o crescimento continua a uma média anual de 2,3%. A população do Egito está em torno de 80 milhões. Em 2050 (de acordo com projeções da ONU) deverá ter 121 milhões. A população da Argélia irá crescer de 33 milhões em 2007 para 49 milhões em 2050; a do Iêmen de 22 a 58 milhões. Isso significa que mais empregos precisam ser criados - e mais alimentos importados, ou aumentar a capacidade para produzir mais. No caso do Egito dois terços da população são jovens abaixo de 30 anos, dos quais 90% estão desempregados.

Baseada no turismo, na agricultura e na exportação de petróleo e algodão, a economia é incapaz de sustentar a taxa de crescimento demográfico. 40% da população vive com menos de US$ 2 (R$ 3,30) por dia, o país está na 101ª posição no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano)

De certa forma a auto-imolação do jovem tunisiano, Mohamad Bouazizi, que deflagrou a onda de protestos na Tunisia revela, no nível individual, aquilo que está acontecendo nas sociedades daquela região como um todo. Ele não se rebelou, apenas porque não encontrou trabalho que refletisse suas ambições profissionais, mas sim quando um oficial da polícia confiscou as frutas e legumes que estava vendendo sem autorização. Quando foi fazer uma reclamação para buscar justiça, sua demanda foi rejeitada.

Provavelmente foi este sentimento de injustiça que levou Mohamed Bouazizi e milhares de pessoas às ruas, empenhados em quebrar o ciclo da miséria e opressão.

Talvez seja mais confortável para a chamada comunidade internacional lidar com um mundo árabe dividido entre nacionalistas, relativamente seculares, de um lado e islamismo radical, de outro, do que um mundo mais complexo, com problemas econômicos, sociais e políticos que conta com sua cumplicidade.

(*) Professor de Relações Internacionais da PUC-SP


Fonte: Carta Maior

sábado, 29 de janeiro de 2011

O preço da passagem!


A Encruzilhada é d'EXU!




Passageiro

O passageiro do trem dos esquecidos
Dobrou a esquina de sua sina
E descarrilhou cidade adentro
Entrou rasgando os muros, as paredes,
Des-cercando as amarras cegas das cercas
Arrebentando as farpas dos arames farpados
Anti-gado que desacata vaqueiro
Levou no peito aberto de frente
Os portões de ferro do centro
Libertando seu destino traçado à revelia
Sem seu ciente sem seu consentimento

Mas enquanto o vento do novo initinerário
Quebrava a esquina da paisagem
Uma brisa de antes reacendeu a brasa antiga
Fogo brando nas quebradas da memória
Marca profunda das quebras do mundaréu

Por isso o trem sempre volta ao limite do início
Com tudo com postura com impulso com pulso
Com memória com história comemora
Compassado no futuro

Agora corre livre como pensamente avulso
Vai por dentro vai por fora pela margem pelo centro
Driblando falácias descentrando malidicências
Abrindo portas malentidas a pulso
Dizendo aos surdos saiam da frente

Acordando voraz mordente os dormentes
Porque o sol primeiro nasce para combatentes
Os batentes de sua gente
Porque trem que é trem vem e vai
Não fica ancorado feito guindaste de cais

E passageiro que tem sina de passageiro
Passa lento passa ligeiro passa sempre
Não fica parado no trem em movimento

Poema de Nelson Maca

Mulher chefia apenas 5% das grandes empresas no Brasil


No Brasil, onde uma mulher acaba de assumir a Presidência da República, apenas 5 das 100 maiores companhias em receita com vendas têm mulheres na presidência. O levantamento foi feito pela Folha a partir do ranking “Melhores & Maiores” da revista “Exame” (veja quadro). O número é baixo, mas o cenário era ainda menos favorável às mulheres em 2009, quando não havia nenhuma presidente nas cem maiores companhias. Hoje, incluindo as empresas “médias-grandes”, com faturamento anual bruto entre R$ 90 milhões e R$ 300 milhões, por critérios do BNDES, a situação é similar à dos maiores grupos. Só 3% das cadeiras de presidentes, em média, ficam com as mulheres, segundo a DMRH, consultoria em recursos humanos, que atende mais de 450 empresas. Leia mais na Folha (para assinantes).

Fonte: Política Livre

Por dentro do Hip-Hop


Por: Vitor Castro - Observatório de Favelas



“O livro é um documento sobre o Hip-Hop”. Esse seria uma síntese do recém-lançado livro “Hip-Hop: dentro do movimento”, descrita pelo próprio autor, o escritor, apresentador, produtor cultural e cineasta Alessandro Buzo. Nascido e criado no Itaim Paulista, na Zona Leste de São Paulo, Buzo publicou seu primeiro livro em 2000. Agora, em janeiro de 2011 lança seu sétimo livro, e tem expectativa de fechar este ano com 14 livros publicados – sendo nove como autor e cinco como organizador. O livro faz parte da coletânea Tramas Urbanas, que já publicou inclusive um outro livro de Buzo, o "Favela Toma Conta".

Como ele mesmo diz, “uma tarefa mais que difícil pra alguém que não tem dinheiro sobrando”. Além de escritor, Buzo apresenta o quadro Buzão Periférico no programa Manos e Minas da TV Cultura, produziu o filme Profissão MC - em parceria com Toni Nogueira - e desde 2004 produz o evento de Hip-Hop Favela Toma Conta.

Abaixo a entrevista com Alessandro Buzo.

Quanto tempo durou a produção do livro e como foram feitas as entrevistas?
Fiz o livro em cinco meses aproximadamente e muitas entrevistas foram por email, não teria como fazer todas pessoalmente. Algumas fiz pessoalmente, como Thaíde, Dexter, Rappin Hood. As entrevistas de pessoas de outros estados, só fiz pessoalmente o Dudu de Morro Agudo e o Léo da XIII, ambos do Rio de Janeiro, quando estiveram se apresentando no meu evento, o "Favela Toma Conta". O restante foi por email.

Embora seja uma produção interessante, é um livro que deve ter dado bastante trabalho. Chegou algum momento em que você achou que não daria pra terminar, que precisaria de mais tempo?
Deu muito trabalho e esse trabalho foi um pouco estressante. Às vezes não localizava as pessoas, outras eu enviava as perguntas mas não recebia as respostas. Enfim... muita coisa ao mesmo tempo, tinha que me preocupar para ver onde cada entrevista ia entrar no livro, costurar de uma pra outra. Não cheguei a achar que não ia dar, mas pensei que poderia dar um "game over" antes de acabar.

Em relação aos entrevistados, você teve que descobrir pessoas nova dentro do Hip-Hop?
Não, eu já conhecia todos os entrevistados do livro. Tenho dez anos ativamente no Hip-Hop, trabalhei na revista Rap Brasil, faço evento. Pelo menos de trocar idéia por email, já conhecia todos.

Qual a sua avaliação do resultado final do livro?
Está muito bom, fácil de ler e muitas coisas importantes foram ditas pelos entrevistados. O livro tem o poder de documentar isso. Achei o resultado final muito satisfatório. Sou suspeito pra falar, mas ficou excelente.

Sua história particular é de muita luta pra alcançar o que vem alcançando na literatura. Além de escrever, abriu uma livraria e uma biblioteca. Você se considera hoje um cara realizado?
Me sinto realizado do ponto de vista de onde sai pra onde já cheguei. Não tenho muito estudo, parei na sétima série e hoje vou em diversos lugares fazer palestra. Quem poderia imaginar que isso fosse acontecer?
Tive uma adolescência complicada desde que meu pai foi embora de casa. Minha mãe deixou de ser dona de casa e passou a ser empregada doméstica, depois funcionária pública municipal em São Paulo. Eu comecei a trabalhar no centro de São Paulo com 13 anos, depois me envolvi com as drogas. Por alguns anos fui usuário de cocaína e depois por seis meses fumei mesclado (maconha com crack). Tinha tudo pra dar errado, ser preso, morrer ou ser apenas mais um nas estatísticas.
Mas a partir da literatura e do Hip-Hop eu mudei minha trajetória, minha vida e hoje me sinto realizado pessoalmente. Tenho uma casamento consolidado que completa 13 anos em setembro, um filho que faz 11 anos em março. E agora eu sou um pai presente e chefe de família responsável. Poder viver hoje só de cultura faz eu me sentir uma pessoa realizada.

Mas ainda faltam algumas coisas que pretendo concretizar esse ano. A primeira e principal é comprar uma casa própria e depois disso um carro. Poderia comprar um carro antes, mas decidi que antes vem a casa e estou trabalhando – e muito – pra isso.

Na literatura acho que estou numa grande fase, mas ainda tenho muito pra conquistar e realizar. Ter uma livraria e uma biblioteca me dá orgulho, amo estar na minha livraria, fazer eventos nela. Resumindo, falta dinheiro, mas no meu coração me sinto um vitorioso.

Ao todo são mais de 60 entrevistas. Você diria que ainda ficou faltando alguém?
Pensei mais seriamente sobre isso lendo o livro depois de pronto. Daria um segundo volume com certeza, só com pessoas que não estão nesse primeiro e repetindo alguns com outras perguntas. Quanto a ter faltado alguém, sempre falta, mas os que estão no livro deram conta do recado.

Quais os projetos para 2011?
Esse ano tenho alguns projetos literários pra concretizar. Pra 2011 vem ai muito em breve – mais em breve do que podem acreditar – meu oitavo livro, "Do Conto à Poesia", por uma pequena editora do Rio de Janeiro, previsão de lançamento para março ou abril.

Depois quero lançar meu primeiro infantil: "Dia das Crianças na Periferia", com ilustrações de Alexandre de Maio, que está 100% pronto, só falta editora.

Isso tudo além de lançar o Volume 5 da coletânea "Pelas Periferias do Brasil" que eu organizo. Se todos vingarem serão 14 livros (9 como autor e 5 como organizador) ao final de 2011. Seriam 14 livros em 11 anos, uma tarefa mais que difícil pra alguém que não tem dinheiro sobrando como eu.

Média de mais de um livro por ano, impensável. Isso iria limpar a área, pra em 2012 eu começar a escrever mais e novas coisas, quem sabe o Volume 2 do "Hip-Hop" e um novo romance. Esse ano não devo escrever, foco é publicar o que está aguardando publicação.

O que é a cultura Hip-Hop pra você, como o Hip-Hop influencia sua vida no dia a dia?
O Hip-Hop é o que eu quero pro meu filho. Se eu quero pra ele, posso indicar pra qualquer um. Vivo Hip-Hop diariamente, quando estou atualizando meu Blog, promovendo eventos, no Twitter, na rua, em casa. Sou fã de Rap e trabalho pra ele crescer e evoluir.

Parte dessa evolução é aceitar que o conhecimento que vem dos livros e dos filmes é o quinto elemento. Já vi pessoas influentes do Rap dizerem que é ter conhecimento sobre os outros quatro elementos. Não concordo, pra mi o quinto elemento é o Conhecimento. São os livros e os filmes produzidos pelos manos e minas do Hip-Hop.

Se alguém não concorda, eu respeito, mas não muda minha forma de pensar. Acho que os rappers que não lêem, deveriam pensar seriamente em mudar isso, pra aprimorar suas letras e abrir a mente pra voos mais altos. Sem conhecimento as pessoas (do Hip-Hop ou não) andam em círculo. Menos TV e mais livros para todos.

Fonte: Observatório de Favelas

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Governo cria agenda de combate à violência sexual e ao racismo


O combate à violência sexual contra meninas e mulheres foi tema do encontro entre as ministras da Secretaria de Direitos Humanos (SDH), Maria do Rosário, e da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), Iriny Lopes, realizado nesta terça-feira (25), em Brasília.

Segundo as ministras, a proposta do encontro é criar uma ação unificada do governo federal para o enfrentamento da violência sexual no Brasil.

“Vamos montar uma agenda integrada que potencialize a nossa causa. A menina e a mulher que sofrem a exploração sexual são do mesmo gênero”, afirmou a ministra Maria do Rosário.

Um estudo da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), publicada em dezembro do ano passado, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indica que cerca de 2,5 milhões de pessoas com 10 anos ou mais sofreram agressões físicas em 2009.

Deste total, 40% eram mulheres (cerca de 1.081.000). Um terço delas foram agredidas por parentes, companheiros ou ex, que foram responsáveis por mais de um quarto do total de agressões (25,9% ou cerca de 280 mil).

Isso significa que a cada dois minutos ocorre uma agressão contra a mulher no Brasil (são, em média, 767 por dia, 32 por hora ou uma a cada 30 segundos). Outro dado reforça a natureza doméstica da agressão contra a mulher: mais de um quarto delas (25,4%) ocorrem dentro da própria residência.

Tráfico de seres humanos

A ministra Iriny Lopes salientou que também é necessário realizar um trabalho focado no combate ao tráfico de seres humanos. Ela pediu apoio da SDH nesse esforço.

“O nosso trabalho tem muitas afinidades. Uma mulher que é traficada está sofrendo graves violações dos seus direitos humanos”, disse.

Racismo

O respeito e a igualdade étnico-racial e os impactos do racismo na infância também estão no foco do governo federal. O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), além de outros órgãos do governo, estão apoiando a campanha do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) sobre o tema: “Em um mundo de diferenças, enxergue a igualdade”.

Para o Unicef, a discriminação racial não apenas persiste no cotidiano das crianças no Brasil, como também se reflete nos números da desigualdade entre negros, indígenas e brancos.

Com a campanha, a entidade pretende fazer um alerta sobre a necessidade da quebra do círculo vicioso do racismo para, dessa forma, estimular a criação e o fortalecimento de políticas públicas voltadas para as populações mais vulneráveis.

Ainda segundo a entidade, a luta contra o racismo implica a valorização das diferenças e a promoção da igualdade de tratamento e oportunidades.

Para sensibilizar a sociedade, reforçando os direitos de crianças e adolescentes, a campanha vai divulgar histórias de pessoas e organizações que realizaram ações contra o racismo na infância ou adolescência.

Estatísticas

Dados do IBGE/Pnad 2009 apontam que 57 milhões de crianças e adolescentes vivem no Brasil, e, desse número, 31 milhões são negras e cerca de 100 mil indígenas.

Segundo o IBGE/Pnad, das 530 mil crianças de 7 a 14 anos fora da escola, cerca de 330 mil (62%) são negras e 190 mil brancas.

Ministério da Saúde

A violência doméstica, sexual e outras violências contra a mulher também integram a lista de eventos de notificação compulsória relacionados pelo Ministério da Saúde, em Portaria publicada nesta quarta-feira (26) no Diário Oficial da União. A Portaria padroniza critérios, procedimentos e atribuições dos profissionais de saúde em relação a diversas doenças e eventos de saúde pública.

A notificação deve ser feita obrigatoriamente quando a mulher for atendida em serviços de saúde públicos ou privados, e vale para todos os profissionais de saúde, tais como médicos, enfermeiros, odontólogos, biomédicos e farmacêuticos, entre outros.

Com informações do Blog do Planalto


Fonte: Vermelho.org

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

O racismo não pára

O racismo não pára

- o racismo não pára

tá na cara
tá na pele
tá na folha
se escreve
é palavra
é Brasil

- o racismo não pára

tá na página
tá na estrofe
tá no verso
tá na imagem
é textura
é Brasil

- o racismo não pára

tá ao lado
tá ausente
no passado
no presente
é corrente
é Brasil

- o racismo não pára

tá na mente,
tá no agora
no passado
na memória,
é história,
é Brasil

- o racismo não pára

tá no nectar
tá no sumo
na semente
no consumo
é cultura
é Brasil

- o racismo não pára

tá no fruto
tá no suco
na folhagem
no charuto
é produto
é Brasil

- o racismo não pára

tá no copo
tá no prato
no varejo
no atacado
é mercado
é Brasil

- o racismo não pára

tá no nível
tá no plumo
tá na cerca
tá no muro
é concreto
é Brasil

- Racismo não!!
Pára!!

Suchodolski


"A educação deve ser entendida como uma preparação para superação permanente da alienação."

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Cota racial não é dá ou desce, diz nova ministra


Por: Correio do Estado



Gaúcha radicada em Salvador há 31 anos, atual secretária de promoção da igualdade da Bahia, a socióloga Luiza Bairros, 57, assumirá a Seppir (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial), órgão vinculado à Presidência da República.

Em entrevista à jornalista Johanna Nublat na edição Folha desta sexta-feira, ela defende as cotas raciais, em contraposição às sociais, e diz que o melhor não é impor ações às universidades federais -posição que se opõe ao atual entendimento da pasta.

"Não é assim, sim ou não, dá ou desce. Existem formas que o próprio Estado pode adotar para criar estímulos", disse a socióloga.

Sobre ações que devem ser feitas no ministério, Bairros destaca a agenda de erradicação da miséria. "A secretaria deve ressaltar o fato de que, no Brasil, a maioria das pessoas em situação de pobreza e miséria é negra."

A secretária também afirmou que o Estatuto da Igualdade Racial, aprovado neste ano sob críticas de retirada de pontos importantes, gerou no movimento negro uma expectativa alta. "Na discussão no Congresso, foi perdendo aspectos considerados fundamentais pelo movimento. Boa parte da insatisfação se deve à percepção de que foi retirado um instrumento eficiente na redução das desigualdades raciais."

Fonte: Correio do Estado

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Chico Science


Ô Josué eu nunca vi tamanha desgraça
Quanto mais miséria tem, mais urubu ameaça
Peguei um balaio fui na feira roubar tomate e cebola
Ia passando uma véia e pegou a minha cenoura
“Aê minha véia deixa a cenoura aqui
Com a barriga vazia não consigo dormir”.
E com o bucho mais cheio comecei a pensar
Que eu me organizando posso desorganizar
Que eu desorganizando posso me organizar
Que eu me organizando posso desorganizar.
(Da lama ao caos, Chico Science e Nação Zumbi)

Mahatma Gandhi


“A não-violência é a completa ausência de malquerer para com
tudo o que vive. A não-violência, sob sua forma ativa, é boa
vontade para com tudo o que vive. Ela é amor perfeito”.
(Mahatma Gandhi)

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Mais poder para as mulheres! Mais mulheres no poder!


Uma nova era repleta de desafios para as mulheres. É assim que 2011 se inicia. Com a posse da Presidenta Dilma Rousseff marcando a história como a primeira mulher a ocupar o maior cargo da República, uma nova perspectiva se abre para o mundo feminino. Muitas já foram convocadas e já fazem parte da linha de frente da nova composição do governo. Em nível federal alguns nomes se despontam em funções chaves de comando.
As Ministras nomeadas são prova de que competência não tem sexo, cor ou raça. No Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior tem uma das tarefas mais difíceis para garantir a governabilidade proposta durante a campanha de Dilma, fazer cortes. No Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello tem a missão de erradicar a miséria no país, que é o carro chefe dentre todas as propostas do governo atual. No Ministério do Meio Ambiente, Izabella Teixeira garante conhecimento de causa. Ela é mestre em Planejamento Energético e doutora em Planejamento Ambiental pela Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ.
Também somam ao time de mulheres no poder, Anna Maria Buarque de Hollanda, Ministra da Cultura e a Ideli Salvatti, ex-Senadora que agora é a Ministra da Pesca e Aquicultura. Em funções específicas outras mulheres também conquistaram espaço. A Secretária de Direitos Humanos da Presidência da República é a ex-deputada federal, Maria do Rosário e na Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República está Luiza Helena de Bairros. A Secretária de Comunicação Social tem na linha de frente a jornalista, Helena Chagas e a responsável pelos avanços que dizem respeito a vida das mulheres no país, é Iriny Lopes, que ocupa a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República. Já na Câmara dos Deputados, o DF vai contar com duas novas deputadas. Uma delas é a sindicalista Érica Kokay que depois de passar pela Câmara Legislativa assume a vaga em âmbito federal.

Mulheres no poder também no GDF

Seguindo a mesma linha do governo Dilma o novo governador do DF, Agnelo Queiroz, também colocou mulheres em cargos estratégicos. Na Secretaria de Educação a professora da UnB, Regina Vinhaes tem o desafio de colocar o ensino público do DF no caminho ideal. Ela será responsável por garantir os avanços que a categoria vem reivindicando há muito tempo, como a valorização dos professores e a gestão democrática, apenas para citar alguns exemplos.
Outra professora, Olgamir Amância, assumiu a Secretaria da Mulher. Ela é doutora em Educação na área de Políticas Públicas. Em outra pasta importante do GDF, está a médica e ex-vice Governadora do DF, Arlete Sampaio. Ela é a comandante da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda. E Secretaria de Comunicação Social será comandada pela primeira vez por uma mulher, a jornalista Samanta Sallum, ex-Correio Braziliense . Nas 30 Regionais Administrativas, cinco mulheres já garantiram espaço.
Na Câmara Legislativa, das 24 cadeiras, cinco são ocupadas por mulheres. A professora Rejane Pitanga, ex-diretora do Sinpro e ex-presidente da CUT, tem ampla experiência e histórico de lutas na defesa dos educadores. Ela ainda não fez nenhuma solenidade pública de posse,mas faz questão de frisar que pretende convidar a categoria para ocupar junto com ela, a cadeira de deputada.
São brasileiras que já conseguiram reverter diversas situações desfavoráveis em diferentes áreas e hoje superam os homens em todos os níveis educacionais. Elas possuem maior expectativa de vida e já são maioria na população economicamente ativa com mais de 11 anos de estudo. Ainda assim, continuam exercendo pequenos espaços de poder, embora exista um esforço gigantesco para vencer esta barreira. Por isso nós do Sinpro-DF defendemos: Mais poder para as mulheres! Mais mulheres no poder!

Fonte: www.sinprodf.org.br

sábado, 15 de janeiro de 2011

Cota de pessoas com deficiência não é atingida em todos os bancos


Com programas especiais e investimento na capacitação, os bancos têm se destacado na contratação de pessoas com deficiência, mas nem todos atingem o número determinado pela Lei das Cotas, aprovada em 1991.
Desde então, a legislação determina que ao menos 5% dos funcionários de empresas com mais de mil empregados sejam "portadores de necessidades especiais".
HSBC e Santander já atingiram esse índice.
No caso do HSBC, os funcionários com deficiência realizam um programa de inclusão de nove meses, de acordo com a diretora-executiva Vera Saicali.
O Santander, que chegou à cota no final do ano passado, "intensificou o trabalho com esse público em 2005", conta a superintendente-executiva, Maria Cristina Carvalho.
O Itaú Unibanco tem mil vagas abertas para pessoas com deficiência. "Temos uma equipe exclusiva de 15 pessoas para a capacitação desses funcionários", segundo o diretor Adriano Lima.
O Bradesco, por sua vez, também afirma aperfeiçoar a área. "Estamos adotando várias iniciativas para inserção de outras pessoas com deficiência", segundo o diretor José Luiz Bueno.
O Banco do Brasil tem apenas 0,8% do quadro preenchido por funcionários com deficiência auditiva, física, mental ou visual. O BB afirma contratar todos os candidatos dessa categoria que acertam 50% das perguntas da prova de seleção.
"Os bancos são exemplos para as outras empresas. É o setor que mais contrata deficientes" diz Mônica Costa Almeida, da Plura Consultoria.
Por oferecer melhores cargos que os demais segmentos, o setor bancário é o mais procurado, segundo Andrea Schwarz, presidente da consultoria i.social Soluções.
"Há muitas empresas de outros setores que preferem pagar multa por não cumprir a cota a investir em capacitação", diz. "Tem companhia aérea que contrata funcionário para deixar em casa."

Quantidade e percentual de pessoas com deficiência nos bancos
HSBC - 1.065 (5,3%)
Santander - 2.532 (5%)
Itaú Unibanco - 4.000 (4,3%)
Bradesco - 1.250 (1,7%)
Banco do Brasil - (0,8%)

Fonte: Sindicato dos bancários

Escola de samba é ameaçada por homenagear nordestinos


A escola de samba Acadêmicos do Tucuruvi afirma ter recebido e-mails com conteúdo discriminatório por causa do enredo escolhido para o carnaval 2011: “Oxente, o que seria da gente sem essa gente? São Paulo: a capital do Nordeste!”. A agremiação da Zona Norte registrou um boletim de ocorrência no dia 17 de dezembro na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).

O diretor jurídico da Tucuruvi, Carlos Malachim, conta que decidiu procurar a polícia por causa de mensagens repetidas, enviadas através de e-mails diferentes. “Os primeiros acabamos deletando e, como foi reincidente, o cidadão manda o mesmo texto com e-mails diferentes, decidimos registrar o boletim de ocorrência”, disse. Segundo o diretor, a mensagem critica a escolha do enredo da escola.

Na sexta-feira (24), um novo e-mail com ameaças foi recebido pela Tucuruvi e, nesta segunda-feira (27), outra mensagem continha, como descreveu o diretor, “um festival de palavrões”. Malachim afirma que, nesse último, a pessoa ameaça “acabar com o pessoal que está defendendo o enredo”. Ele leu um trecho do e-mail para a reportagem: “Tomara que esse carnaval seja o pior de todos da escola. É o que desejam todos os paulistas separatistas”. O remetente assina como “São Paulo é meu país”.

Uma mensagem de intolerância contra o enredo da escola também foi encaminhada para a Ouvidoria da São Paulo Turismo (SPTuris), responsável pela organização do carnaval. A assessoria da SPTuris confirmou que o e-mail foi recebido no dia 7 de dezembro.

O presidente da escola, seu Jamil, comentou os e-mails ofensivos. “Tiveram várias ameaças para a escola não desfilar e, se a gente falasse alguma coisa, eles iriam revidar. Esse pessoal que usa essas artimanhas é covarde, são pessoas que não têm escrúpulos”, afirmou. Ele acredita que “uma ou duas pessoas” podem ser responsáveis pelas mensagens.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, dois e-mails já apresentados na delegacia pela escola foram enviados através do campo de contato no site da agremiação. A polícia tenta descobrir o IP (protocolo de internet) para chegar ao responsável pelas mensagens. Segundo Malachim, uma pessoa mandou um e-mail também nesta segunda-feira se identificando como suposto autor de algumas mensagens. Esse e-mail será também repassado à polícia.

Malachim diz que, apesar das mensagens, não houve reforço na segurança da escola. “Não há necessidade disso, não estamos nos escondendo de ninguém”, defende. O diretor acredita que o problema é também reflexo do “crescimento da escola”. “Ano passado fizemos um carnaval impecável. Em função de a escola ter ficado em evidência, chamou a atenção”, afirma. Para ele, o episódio não abalará a agremiação durante os preparativos para o carnaval 2011. “Isso só vem fortalecer a escola.”


Samba Enredo 2011 - Oxente, o Que Seria da Gente Sem Essa Gente? São Paulo, a Capital do Nordeste!

G.R.C.S.E.S Acadêmicos do Tucuruvi

Vou embarcar nessa aventura
Em busca de um lugar ao sol
Trago no peito desafio esperança
Na bagagem a lembrança
Sonho ou realidade?
Vou construindo ilusão
Erguendo os pilares da cidade
Deixando marcas da minha tradição
Ao som do tambor, a fé em louvor... religião
Oxente festeria, acende a fogueira... é são joão
Vem, vem provar
O sabor que vem de lá
Esse gosto, esse tempero
É o gosto brasileiro
Da sanfona um acorde
Tocou forte o coração
Olha o povo dançando pra lá
Arrastando a sandália pra cá
O forró tá danado de bom
Um sorriso é a moldura do meu traço cultural
Quando agente se encontra
A mistura é natural
Carrego na alma a bravura
E o orgulho de ser quem eu sou
Vai meu samba, vai ... reconhece meu valor
Sou cabra da peste, vim lá do nordeste
São paulo é minha capital
Levando alegria, eu vou por ai
Eu sou valente, sou tucuruvi

Fonte: Vermelho.org

HOMÔNIMO - DIGA HOW


http://www.4shared.com/file/w6pdUlm4/Diga_How_-__Homnimo.htm

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Direito ao Trabalho


O trabalho é inerente à condição humana. Por
meio do trabalho o ser humano desenvolve suas
potencialidades, ao mesmo tempo em que
recebe e expressa solidariedade. Por isso o
trabalho não deve ser tratado como simples
mercadoria, devendo ser reconhecido como um
direito individual e um dever social, que deve ser
exercido em condições justas.

Direito à Educação


É preciso saúde física para se alcançar saúde mental, ou seja, o
desenvolvimento intelectual; é preciso alimentação, em casa e na
escola, para ter força e disposição para aprender, bem como para que
a ida à escola não tenha como objetivo saciar a fome com a merenda
lá servida; em se estando na escola deve-se encontrar um refúgio da
criminalidade urbana, e não um prolongamento dela; é mister que haja
como chegar aos estabelecimentos de ensino, resida o aluno na zona
rural ou nas grandes metrópoles; as famílias devem ter condição de
manter seus filhos carregando livros, para que não se faça necessário
impor-lhes empunhar ferramentas de trabalho como uma forma de
complementar a renda.

Paulo Freire


Não é possível refazer este País, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo
sério, com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida,
destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não
transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. Se a
nossa opção é progressista, se estamos a favor da vida e não da morte,
da equidade e não da injustiça, do direito e não do arbítrio, da
convivência com o diferente e não de sua negação, não temos outro
caminho senão viver plenamente a nossa opção. Encarná-la, diminuindo
assim a distância entre o que dizemos e o que fazemos...
(FREIRE, Paulo. Educação e mudança. RJ: Paz e Terra, 1979.)